Adesão à terapêutica
«Estar juntos é o princípio. Manter-se juntos, é o progresso. Trabalhar juntos é o êxito». (Henry Ford)
Coming together is the beginning. Keeping together is progress. Working together is success.
Adesão à terapêutica em oncologia
Terapêutica oral em oncologia
A evolução do conhecimento científico na área das doenças oncológicas permitiu o desenvolvimento de terapêuticas orais, tanto em casos de tratamentos de quimioterapia como de imunoterapia.
Um exemplo paradigmático de uso de terapêutica oral foi na Leucemia Mieloide Crónica (LMC). Quando a partir da década de 60, se descobriu a alteração cromossómica específica que despoletava esta doença (cromossoma de Filadélfia), posteriormente, desenvolveu-se um fármaco capaz de impedir a sua evolução. A história natural da LMC alterou-se drasticamente. O Imatinib foi o primeiro fármaco a ser desenvolvido e dirigido, especificamente, para a mutação descoberta.
Foi capa da revista Time, do dia 28 de maio de 2003, com o Título: “A pílula que cura o cancro”; e apregoado pela comunidade científica e media como o milagre na terapêutica oncológica.
Todos os cidadãos têm direito à saúde, independentemente da sua condição social e económica e orientação sexual, ou das suas convicções políticas, filosóficas e religiosas, as quais devem ser respeitadas, no âmbito da constituição e dos direitos humanos.
Ao doente deve ser proporcionado o apoio espiritual requerido por ele ou por quem legitimamente o represente, de acordo com as suas convicções.
O apoio de familiares e amigos deve ser facilitado e incentivado.
Contudo, a mudança de paradigma da quimioterapia endovenosa administrada em ambiente hospitalar (feita por profissionais qualificados e em condições de segurança) para a administração da terapia oral (apresenta maior comodidade quando feita em casa dos doentes, pela diminuição do número de visitas ao hospital e a ausência de constrangimentos relacionados com a necessidade de um acesso venoso) poderá implicar outro tipo de problemas e desafios acrescidos do ponto de vista da adesão (Ferreira & Portela, 2014).
Adesão à Terapêutica e sua importância
A adesão à terapêutica deve constituir-se como um trabalho de equipa entre doente e médico, com vista a ter os melhores resultados do tratamento do doente. O plano terapêutico é definido pelo médico e explicado ao doente, de modo a partilharem a responsabilidade do mesmo.
O não cumprimento do tratamento pode ter várias implicações: menor efeito terapêutico, necessidade de idas não programadas ao hospital e até a possível progressão da doença. Importa notar que, quando a não adesão à terapêutica leva a resultados insuficientes, as relações de confiança entre médico e doente também se podem comprometer.